A menopausa é o nome dado à última menstruação, que geralmente acontece entre 45 e 55 anos, marcando o fim da fase reprodutiva da vida da mulher. Isso significa que ela esgotou seu estoque de óvulos, que foram liberados desde a puberdade, mês a mês, ao longo de 30, 35 anos. O período que se segue após a cessação da menstruação é chamado de climatério.
A palavra climatério significa “fase crítica” e dá nome a um período realmente conturbado da vida feminina, que começa por volta dos 40 anos e se estende até a pós-menopausa. Sua principal característica são as transformações físicas e emocionais decorrentes do desequilíbrio na produção dos hormônios femininos pelos ovários.
Os sintomas que marcam a entrada no climatério são semelhantes aos de uma TPM, só que acentuada e prolongada. Na TPM, a sensação de inchaço no corpo e mamas, as dores fortes de cabeça ou enxaquecas, as alterações de humor (nervosismo, irritação, tristeza profunda e mesmo depressão) podem manifestar-se ao longo de até quinze dias antes da menstruação. Do meio para o fim do climatério são comuns, ainda, a irregularidade nos ciclos e a variação do fluxo menstrual.
Nesta fase da vida, a mulher pode apresentar diversos sintomas, isolados ou em conjunto. Os mais comuns são fogachos (ondas de calor), insônia, palpitações, diminuição da libido e da capacidade de concentração, secura vaginal que causa dor ou desconforto nas relações sexuais e mal-estar geral. E atenção: até 80% das mulheres vão sofrer com os fogachos.
A maior consequência da menopausa é a perda da capacidade de produzir um hormônio feminino muito importante: o estrogênio. Esse fato é responsável pelos sintomas desagradáveis deste período e, a longo prazo, pode também comprometer a saúde cardiovascular, aumentando os riscos.
Alertas
Algumas mulheres chegam à menopausa precocemente, antes dos 40 anos. E isso acontece por inúmeras causas, sendo as mais comuns a herança genética, a exposição ambiental a agressores (por exemplo, radiação, quimioterapia), entre outras. Há necessidade de acompanhamento ginecológico e, na maioria das vezes, quando não há contraindicação absoluta, indica-se a reposição hormonal.
Mas e se a mulher passou dos 55 e ainda não chegou à menopausa? O que fazer? Esses casos são mais comuns em famílias nas quais há casos parecidos de menopausa tardia. Essas mulheres podem ter risco aumentado para algumas doenças estrogênio-dependentes, como lesões mamárias, ovarianas e uterinas.
Durante a menopausa aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, diabetes e dislipidemias (aumento de lípides sanguíneos), além da ocorrência de osteoporose e de alguns tipos de câncer, tais como câncer de mamas, ovários e endométrio.
Em relação a gravidez, as mulheres devem estar informadas de que após a instalação definitiva do climatério, ou seja, 12 meses após a menopausa, não há mais chances de gestação natural com óvulos da própria mulher. No entanto, caso receba óvulos doados, ela poderá gestar. Para isso, é importante estar com boa saúde.
Convivendo com o Climatério
Mas não é fácil lidar com essas mudanças, por isso é fundamental contar com o apoio dos familiares. Eles devem entender que este é um período de transição e de profundas oscilações hormonais, logo, requer cuidados especiais e paciência.
Para tirar de letra essa fase, a médica aconselha manter um estilo de vida saudável, que poderá ser obtido mais facilmente por meio de assistência multiprofissional: médica, nutricional e psicológica.
As mulheres precisam sempre buscar informações sobre as mudanças que ocorrem em seu corpo. Não há nada mais importante do que entender o que está acontecendo consigo mesma, principalmente em momentos de mudanças profundas, como ocorre neste período. Isso auxilia na melhor aceitação dos processos, na adesão aos tratamentos propostos e, a longo prazo, na manutenção da qualidade de vida.